Biografia Ecológica
BIOGRAFIA ECOLÓGICA
Meu nome é Aline de Albuquerque Castilho, nasci em Guarantã do Norte Mato Grosso no ano de 1988 hoje estou com 24 anos, sou formada em Letras pela UNIFLOR e atualmente trabalho na Escola Estadual Albert Einstein com as disciplinas de Inglês e Arte.
Até hoje moro na mesma cidade onde nasci então sei de muitas mudanças que ocorreram por aqui, bom há alguns anos atrás Guarantã era mais verde as casas eram em sua maioria feitas de madeira e mesmo assim as árvores e mata estavam entre a nossa cidade, meu pai Antonio Ambrozio mora próximo a minha cidade em uma comunidade chamada Flor da Serra, o que me leva a citar isso é que nesse local a subsistência se dá através do garimpo a extração de ouro, sempre convivi com esse local o que me leva a dizer que lá também é minha casa, o sítio é lindo muito verde mais que triste olhar lá no fundo e ver como o garimpo destruiu tudo sabe meu pai tenta reflorestar mais o que o garimpo levou já não se consegue mais, aqueles buracos imensos cheio de água sem nenhuma árvore ao redor e saber que até mesmo a terra perdeu o seu valor, fico pensando como a ganância leva o homem a fazer coisas das quais depois se arrependem pelo resto de suas vidas a destruição da terra é a marca registrada.
As pessoas daquela época também vinham morar aqui em Guarantã para trabalhar nos garimpos, muita gente foi embora mais a nossa cidade progrediu hoje tem muitos meios de subsistência e as pessoas também procuram estudar as escolas são muitas, hoje as ruas são asfaltadas tem prédios e a cada dia que passa a mata desaparece cada vez mais, o uso de tecnologia e de energia toma conta daqui e creio que do mundo todo, não é fácil, pois seria melhor plantar para comer cuidando da terra, mas isso não acontece o uso de maquinários e de energia que polui o ambiente e modifica os alimentos é o que prevalece pois existe uma certa exigência se quer praticidade tem que ter tudo muito ligeiro.
Há alguns anos se preocupavam com o ambiente, árvores eram mantidas nos quintais parecia até um troféu um patrimônio. Mas tudo isso se perdeu as construções precisavam de espaço.
Isso me faz lembrar uma horta que a minha mãe tinha em casa eram vários canteiros, com muitas verduras e legumes eu via no olhar dela como ela gostava de cuidar todos os dias e ver produzir e se alimentar com o que tinha no quintal da própria casa, mas agora ela tem que trabalhar e dos vários canteiros apenas um bem pequeno sobrou da horta.
No quintal da minha casa tinha muitas árvores frutíferas entre elas uma jaqueira enorme subia nela e de lá víamos a mata verde linda hoje não tem mais jaqueira e muito menos a mata verde.
Os vizinhos também faziam a sua parte o cuidado com o meio ambiente mesmo sem saber acontecia havia união tinha até uma troca de alimentos que eram produzidos nos quintais das casas.
Eu sinto muita falta de tudo, do mundo em que vivíamos e de como as pessoas eram com o mundo, até as doenças não eram tão constantes como hoje, havia uma certa proximidade do homem com a natureza e ele percebia a importância que ela tinha para vida, depois vi tudo se perder o garimpo acabou com uma parte muito importante da minha vida, no sítio do meu pai por exemplo, levei meu filho lá e ele já não pode tomar banho no riacho e nem ver as árvores pois tudo isso não existe mais.
A minha pegada é um tanto quanto marcante, pois o impacto que faço juntamente com minha família ou em minha casa causa um grande estrago no meio ambiente, como por exemplo, para sustentar esse meu estilo de vida seria necessário 1.9 hectares globais de área bioprodutiva do planeta terra, confesso que me assustei ao ver os resultados, então percebi que existe uma solução devo reduzir a quantidade de carne, por exemplo, em minhas refeições, ou no gasto com combustíveis que ocasiona graves problemas no meio ambiente, estive comparando a minha pegada e pude perceber que a área de destruição de cinco pessoas como eu relacionados a 10 hectares é basicamente do tamanho do Equador mais a partir de hoje a minha pegada será limpa e leve.
O mundo pra mim é muito importante, mais devo ser importante para ele também, em minha casa até tenho bastante plantas e gosto de plantar mas a correria do dia a dia me faz cansar e até das plantas não consigo cuidar, procuro fazer o possível para cuidar do mundo em que vivo e ensino isso ao meu filho mais por exemplo, não posso deixar de usar uma máquina de lavar pois o trabalho fora não me dá o tempo suficiente para fazer o que realmente gostaria, sem contar que a tecnologia trouxe a praticidade e mesmo sabendo que o uso da energia é um desgasto no meio ambiente não tenho como correr disso. Mas sei que posso diminuir o uso dessa tecnologia e fazer a minha pegada um tanto quanto leve para o meio ambiente, ou seja, vou diminuir as quantidades de lavagem ou até mesmo o uso do carro para evitar a queima de combustível, sei que se todos pensassem assim e fizessem a sua parte como antigamente era feito o mundo estaria melhor e quem sabe ainda poderia subir na jaqueira e ver a mata.