BIOGRAFIA ECOLÓGICA.. Rosani

06/04/2013 10:45

Meu nome é Rosani, moro aqui em Guarantã do Norte a vinte e nove anos, nasci em Realeza no Paraná e vim para Mato Grosso com seis anos, então sou mato-grossense por criação, Quando cheguei aqui fui morar no sitio a vinte e cinco quilômetros da cidade pensa num tempo difícil, sem estrada, sem comunicação, sem saúde sem nenhum tipo de condições, tudo na época era via Colider, onde tudo era mais acessível. Estudava a cinco quilômetros da escola, difícil ia de bicicleta, na chuva era um horror. Mas na época da seca para mim e meus colegas de escola era uma aventura, pois tinha muita poeira e ficávamos brincando de deixar os nossos pés (que hoje poderíamos chamar de pegadas) na poeira era incrível, o canto dos pássaros era impressionante. Como só tinha mato na beira da estrada os bichos cruzavam com frequência como tatu, paca, tamanduá, vários pássaros, um dia uma capivara e uma anta cruzaram a estrada, pensa num momento de medo e às vezes descontração. Onde eu morava na época das chuvas era muito difícil, pois alagava muito e ai nós tínhamos que ir para a casa de meus avós até as águas baixarem, era muito bom tirando essa parte das chuvas porque tudo era plantado por nos, feijão, arroz, milho, mandioca, frutas e verduras, criação de porcos, galinhas, vacas, carneiros, e toda espécie de animais domésticos, era fantástico para mim as colheitas, os carregamentos dos produtos na carroça de bois, no lombo dos cavalos, lembro-me que para levar nossos produtos até a máquina de arroz íamos de carroça minha avó que comandava ai ela colocava os netos todos em cima uns sete, e íamos, era divertido, pois contávamos os pássaros no céu, as árvores mais altas, até tentávamos descobrir os cantos dos pássaros, era impressionante. À noite três vezes por semana ou mais, íamos à casa de meus avos onde rezávamos o terço e depois sob a luz de velas ou lampião contávamos história e conversávamos sobre o dia a dia e até planos para o futuro.

 

Aos treze anos viemos para a cidade para eu e minhas irmãs estudarem, já fazia quatro anos que não estudava, foi difícil à interação com a comunidade escolar, pois era muito caipira falava arrastado puxava o R assim como o povo paranaense e gaúcho fala, mas passou. Casei-me com dezessete anos e parei de estudar na oitava série da época, em dois mil voltei a estudar fiz prova de reclassificação de primeiro para o segundo ano, no terceiro passei no provão de massa ai parei de novo. Em dois mil e oito em incentivo a uma amiga fiz Ciências Biológicas, confesso que foi complicado estudar, trabalhar e ainda cuidar da casa, mas consegui. No momento não sou atuante em sala medo talvez, mas acredito estar cada dia me preparando para esse dia e que seja o melhor, estou cursando Pós-graduação em gestão pública pela Unemat/UAB, trabalho no apoio na Escola Estadual Guarantã, onde sou efetiva a dois anos dos cinco de trabalho.

 

Hoje passando por esses lugares com frequência vejo o quanto mudou mais desmatado, destruído, acabado como certos locais onde passam hoje o asfalto, cursos de rios mudados para melhorar as condições dos terrenos para a implantação do asfalto. A maioria das pessoas tem seus celulares, computadores com internet, assistem à televisão, pois a rede elétrica é acessível, mas e o momento família ainda existe? O olhar e observação da natureza e nosso meio como anda? Poucos ainda fazem isso, pois está cada dia mais individualista pensando em si próprio e deixando o lado humano de lado. E nossos vizinhos os conhecemos sabemos quem são de onde vieram? nada, às vezes nem cumprimentamos de longe muito menos ir visitá-los. Isso que a tecnologia, modernidade esta fazendo com o ser humano deixando mais longe dos velhos costumes.

 

No meu dia a dia acreditava estar contribuindo para com o nosso planeta, mas depois de calcular minha pegada ecológica vi que preciso ter mais cuidado e me reeducar, pois estou consumindo muito. Tem algumas coisas que nos requerem certo cuidado, como o consumo excessivo de certos produtos. Percebi que para eu ter conforto, carro, moto, casa mais ou menos estou destruindo boa parte do meu planeta, pois acreditava que como eu vivia com minha família as formas que estava fazendo evitando sacolas, embalagens, isopor, não queimando, não me deixou fora de ser uma consumidora excessiva, agora preciso buscar alternativas que me ajudarão a ser uma pessoa mais preocupada com o meio ambiente em que vivo.

 

Hoje sabemos que o meio ambiente é o assunto do momento, e que para as gerações futuras precisamos de cuidados que nos levem para um ambiente mais tranquilo e Se não transformarmos nossas atitudes em valores normativos dificilmente evitaremos catástrofes em todos os níveis, usando com ética o cuidado e a responsabilidade coletiva. Cuidar do meio ambiente, fortalecendo e aprofundando projetos educacionais,

 

Investindo na participação dos jovens e em sua capacidade de decisão, informando- os sobre a educação ambiental, exigindo que seja respeitada, transformando comunidades e escolas em comunidades de aprendizagem.